Mamilos

Há alguns anos, seria impossível imaginar que no meio de uma pandemia mundial, quando somente os estudos e fatos são capazes de nos oferecer caminhos e respostas, o descrédito na ciência seria tão grande. Um relatório do Wellcome Global Monitor revela que, no Brasil, 23% das pessoas acreditam que a ciência não os beneficia pessoalmente, nem traz benefícios para a maioria da sociedade. É um dado que preocupa e que abre espaço para os que realmente desacreditam da ciência. Os negacionistas, aqueles que escolhem ignorar a realidade, ou viver em sua própria realidade imaginada, são um grupo cada vez maior. A consequência disso é um comportamento de risco cada vez mais evidente, mesmo no pior momento da pandemia. Um perigo que todos correm, negacionistas ou não, devido ao comportamento alheio. Chegou a hora de a gente botar o dedo nessa ferida, entender como nasce o negacionismo e o que leva as pessoas a adotarem esse comportamento perigoso. Quem nos ajuda a desvendar esse comportamento é o sociólogo Renan Leone