O Pretérito Do Futuro É Imperfeito?: Análise Da Fusão Do Futuro No Presente Em "minority Report – A Nova Lei"

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Sinopsis

O futuro já chegou?
Esta é uma questão aparentemente simples, porém de extrema complexidade quando analisada frente a fatores culturais, antropológicos e sociológicos quanto à própria definição de passado, presente e futuro. Afinal, se ao futuro são reservados as novidades e o produto das ações do presente, então o atual comportamento imediatista e os discursos de novidade atrás de novidade da tecnologia e cultura contemporâneas acabam por trazer o futuro para mais perto do presente, em um termo cunhado como o "presente extenso" por Hans Gumbrecht em 2005.
Em um mundo cada vez mais indiferente às novidades tecnológicas, o próprio papel da ficção científica se vê sob a necessidade de se reinventar, uma vez que o "maravilhamento" esperado pelas obras que tratam de tecnologias futurísticas se esvai assim que uma obra deixa de ser popular porque uma nova obra de ficção científica está em voga. Em busca de uma compreensão mais aprofundada sobre o papel da ficção científica em um presente extenso apático às novidades, este livro analisa a obra cinematográfica Minority Report – A Nova Lei, de Steven Spielberg e inspirada na obra literária homônima de Philip K. Dick.
Através da análise desta obra cinematográfica quanto às suas camadas narrativas, bastidores da produção, comparação à obra original de Philip K. Dick e o mundo em que vivemos, este livro busca compreender uma sociedade atordoada pelo fato de que, quando tudo é divulgado como novidade, nada mais é uma novidade na prática.