Sinopsis
Pensando a horta escolar como espaço de aprendizagem na escola pública, com base na interdisciplinaridade, na contextualização, no diálogo, na motivação e na problematização, este livro está organicamente vinculado às atuais configurações sociais e culturais do Brasil contemporâneo, marcado por transformações decorrentes da busca de uma educação pública melhor. Aponta, como ponto chave de análise do fenômeno investigativo, o contexto histórico de efervescência de políticas que superem a educação bancária criticada por Paulo Freire, marcada fortemente por uma confluência entre o projeto participativo e o projeto de ajuste estrutural. Com o propósito de compartilhar algumas reflexões e conclusões sobre os mecanismos de implantação da horta escolar enquanto espaço de aprendizagem nas escolas públicas, bem como de identificar os avanços, limites e possibilidades dessa caminhada, apresentam-se estudos bibliográficos e documentais, pesquisa de campo e o resultado da investigação empírica realizada em duas hortas de escolas públicas no município de Fortaleza, que revelam que a aprendizagem mediada pela interdisciplinaridade, pela motivação, pela contextualização, pela problematização e pelo diálogo faz-se com participação de todos e muita dedicação. Sendo as hortas escolares espaços híbridos e dinâmicos, elas se tornam capazes de promover uma aprendizagem significativa e de superar a lógica da educação bancária, formando cidadãos críticos e reflexivos, dentro de um contexto freiriano. A partir das experiências vividas no espaço didático da horta escolar, organizou-se esta obra, o produto educativo de uma importante pesquisa, a fim de auxiliar na condução e implantação de hortas escolares em outras instituições de ensino.